domingo, 27 de abril de 2014

Feiras orgânicas

As feiras agroecológicas são boas alternativas para quem quer pagar preços justos por produtos sem agrotóxicos.


Por Flávia de Oliveira.

A feira agroecológica mais antiga do Recife funciona aos sábados, no bairro das Graças. Há dezesseis anos, oferece diversos tipos de hortaliças, legumes, frutas e verduras, além de queijos, galinha e ovos de capoeira. O movimento é tão intenso que às 10h não se encontra mais nada.

A agricultora Tereza Ferreira é uma das pioneiras na feira. Ela e a família já tinham uma propriedade em Umarí, distrito de Bom Jardim, quando em uma visita da associação Sabiá, recebeu a proposta para fazer uma experiência com produtos orgânicos. A partir daí ela aprendeu a aproveitar melhor a terra. “Eu não conhecia a maneira de plantar várias culturas dentro de um mesmo roçado, para ter o que tirar o ano todo, para ir colhendo um e ficando outro. Foi uma experiência que a gente aprendeu”, ressaltou.

A dona de casa Silvia Sabadel frequenta a feira desde o primeiro dia. O hábito da alimentação saudável que aprendeu com os pais, Silvia ensinou aos filhos. “Eu tenho três filhos. Eles nunca tomaram antibióticos. A gente não vai ao médico com queixas de doença, faz só um trabalho preventivo”, relatou.
Na feira orgânica popular das Graças o quilo do queijo é vendido por R$ 20, o coentro custa R$ 1,50, o alface custa R$ 2.   Para quem se alimenta dos produtos orgânicos percebe a diferença na cor, no cheiro e no sabor, pois são bem mais realçados.

FEIRAS AGROECOLÓGICAS – ONDE E QUANDO FUNCIONAM



Feira da Aurora
Endereço: Rua da Aurora (em frente ao Ed. Alfredo Bandeira)
Horário: Quartas das 14h às 20h



Feira da Juventude do Cordeiro
Endereço: Avenida Caxangá (Parque de Exposições do Cordeiro)
Horário: Sextas das 5h às 11h


Ponto Orgânico da Gervásio Pires
Endereço: Rua Gervásio Pires (esquina da Rua do Riachuelo)
Horário: Terças das 4h às 9 h

sábado, 26 de abril de 2014

Consumo consciente de alimentos

O nosso organismo responde de acordo com a alimentação que ingerimos. O corpo dá sinais e interpretá-los faz toda a diferença na prevenção de doenças


Por Isolda Souto Maior


Dra. Maria Amazonas
Parafraseando o nome da nossa revista eletrônica “Vida Leve”, segundo a Dra Maria Amazonas, Endocrinologista e Vice - Presidente da  Sociedade brasileira de Endocrinologia e Metabologia regional Pernambuco - SBEM, as dicas mais valiosas para uma alimentação saudável são, se preocupar em ter uma dieta balanceada, fazer atividade física regularmente, observar alterações do peso e sempre realizar visitas regulares ao médico.

A principal doença decorrente de uma má alimentação é a obesidade. E a partir doaumento de peso, surgem as consequências como, a hipertensão arterial e diabete sistêmica. Fora isso, o paciente  pode ter comprometimento na sua qualidade de vida, com a dificuldade para locomoção, a sobrecarga em cima das articulações, problemas gastro- intestinais e refluxo. A gota também é o reflexo de uma má alimentação.

Dentre os alimentos mais nocivos para alimentação são aqueles ricos em carboidratos simples, resumindo, o açúcar ou aqueles muito ricos em gorduras, principalmente  a gordura animal (carne vermelha), as frituras e alguns derivados do leite , como, margarina, manteiga e ovos e ainda os doces e as massas. Vale registrar que as alimentações realizadas em fast-food não fazem bem à saúde por conter sal (sódio) mas, principalmente por serem realizadas à base de carboidrato simples e gordura.


Em relação a tireoide não existe de uma maneira muita direta e clara sua relação com maus hábitos alimentares, mas, os sintomas são evidentes  na ingesta excessiva de sódio. A hereditariedade e o histórico de doenças familiares são fatores  que influenciam diretamente na genética de cada indivíduo.


O Endocrinologista pode ser procurado a partir de qualquer idade, existem até recém-nascidos que precisam  realizar tratamento com este especialista. Porém, as causas mais comuns são, suspeita de diabetes, doenças da tireoide, gota, ou qualquer distúrbio hormonal.

Importante incorporar na rotina diária que os hábitos de vida saudáveis, incluindo uma alimentação balanceada se refletem na saúde do nosso organismo e no bem estar de cada um de nós, para que assim possamos viver bem e melhor.

Alimentação fora de casa pode ser saudável

Quem precisa se alimentar na rua, sabe a dificuldade de resistir as tentações e como a pressa pode ser inimiga dos bons hábitos.


Por Pietra Valadares


A falta de opções de alimentos leves, e oferta de refeições e lanches gordurosos, é um dos grandes obstáculos para uma alimentação saudável. A nutricionista Maria de Conceição de Macedo,  especialista em nutrição clínica e de pacientes com câncer, trabalha no desenvolvimento de cardápios adequados a dieta hospitalar.

Para a nutricionista, é importante escolher as combinações corretas de alimentos, evitar os industrializados e escolher carnes magras, de preferência com pouca gordura. "Nenhum alimento industrializado entra na característica de saudável. A realidade é que precisamos lançar mão para que seja possível atender as necessidades de algumas patologias ou dificuldades de organizar a alimentação", esclarece. 

Segundo a especialista, as consequências da má alimentação são várias: de diabetes a risco de desenvolver problemas cardiovasculares,  mas, a curto prazo, seriam a redução dos níveis de vitaminas e minerais que acarreta, queda de cabelo, anemia.

Para Conceição Macedo,  alimentar-se bem não custa caro. "Na verdade gastamos muito mais com guloseimas e besteiras do que para se alimentar de forma saudável. Por exemplo refrigerante fica mais caro que suco, tubérculo é mais barato que pão, mas pão é um alimento mais fácil e prático". 
Alimentação fora de casa
Buffet de restaurante self-service

Na hora do almoço, o self-service é uma boa opção desde que saiba o local e o se deve comer. "Com determinação se come muito bem em restaurante", afirma. 

E aconselha o uso de marmita desde conhecida a procedência e acondicionada de forma adequada, a mesma recomendação vale para os restaurantes tipo self-service.

O recomendado é começar pela salada pois é possível aumentar a saciedade para comer menos depois. Coma à vontade verduras só tome cuidado os molhos. Utilize à vontade: vinagre, vinagre balsâmico, limão e ervas como tempero. Utilize pouco: sal, molho inglês, molho de soja por conter muito sal  e azeite por ser gorduroso.

Entre refeições


O lanche são as refeições feitas entre o café da manhã e o almoço, e entre o almoço e o jantar, com o objetivo de diminuir a fome nas refeições principais, principalmente quando passamos do horário correto. 


Muitas pessoas costumam fugir da dieta nesses momentos e optar por lanches mais calóricos como: biscoito, bolos, salgadinhos, pipoca, empada, coxinha, pão de queijo, amendoim, chocolate etc, uma vez perdida não tem problema, mas se for um hábito sim. Está totalmente errado. 

A nutricionista recomenda principalmente o consumo de frutas, gelatina diet e com as famosas barrinhas de cereais ter cuidado. " Pode ser uma opção de lanche, porém lembrar que mesmo sendo barra de cereal é um produto industrializado com corantes, estabilizantes, acidulantes, etc.", explica.

Dicas para manter uma dieta saudável:

Consuma alimentos cozidos (verduras, legumes e folhas cozidas.);


Evite alimentos com muita gordura;


Evite liquido no horário das refeições.


Levar sempre uma garra de água,  para que possa consumir com frequência. Deve-se ingerir em media 2,5 L/dia;


Manter sempre consigo alimentos nutritivos e fáceis de levar (maça, pêra, kiwi, caqui, pinha, tangerina, etc.) como alternativa de lanches; 

domingo, 6 de abril de 2014

O que você come

Se alimentar bem é uma ótima maneira de cuidar da saúde. Mas você já parou para pensar nas consequências de consumir este ou aquele alimento?


Por Daniela Venâncio


As escolhas que fazemos na hora de levar o alimento tem um grande impacto na saúde de outras pessoas. Alternativas consideradas saudáveis, chegam as nossas casas, muitas vezes, contaminadas com produtos tóxicos. O preço dos alimentos orgânicos influencia na hora da compra. Em comparação com alimentos convencionais - com agrotóxicos - os orgânicos ainda saem mais caros ao bolso do consumidor.

   
Os produtos transgênicos são geneticamente modificados. Ou seja, os cientistas retiram características genéticas de uma planta e implantam em outra.
Já os orgânicos são livres de insumos artificiais. Sejam os alimentos in natura ou processados, para ser considerado orgânico, além de ser cultivado sem agrotóxicos ele deve ser livre de corantes, conservantes ou aromatizantes.

Há muitas pesquisas científicas sobre os efeitos dos alimentos transgênicos e principalmente dos alimentos cultivados com o uso de agrotóxicos no organismo humano.
Dados do Ministério do Meio Ambiente indicam que o Brasil é o campeão mundial em consumo de agrotóxicos, são mais 130 mil toneladas por ano. Isso reflete na saúde de mais de 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Segundo a engenheira agrônoma e mestra em desenvolvimento em meio ambiente, Deiziane Lima Cavalcanti, é possível cultivar alimentos sem o uso de agrotóxicos.
Eng. Agronôma Deiziane Lima
“Produzir agroecológicamente é viável. Pois quando se promove o equilíbrio no ambiente em que o agricultor está trabalhando e dentro deste equilíbrio ele não precisa comprar sementes ou adubo. Isso cria a sustentabilidade.”

A monocultura é o cultivo de um só tipo de produto agrícola. Essa pratica empobrece o solo, pois a vegetação do lugar é devastada para o plantio de um só tipo de produto. Outro ponto é o uso de excessivo agrotóxico que desequilibra o ecossistema da região onde são estabelecidas estas plantações.

Somos todos responsáveis pelo desenvolvimento da cultura da agroecologia. Ao consumir alimentos orgânicos estamos apoiando uma causa que pode salvar milhões de vidas.